Programa Porta 65 comentado pelo investigador Nuno Travasso

A análise dos valores de arrendamento publicados semestralmente pelo INE provam que, fora dos grandes centros, o tetos máximos do Porta 65 Jovem são compatíveis com as atuais rendas do mercado. Mas em cidades como o Porto e Lisboa, nem sequer uma descida de 20% destes valores permitiria que o programa fosse viável. A solução não deveria passar por aumentar os tetos máximos nestes municípios: não faz muito sentido que seja o subsídio público a correr atrás dos valores de mercado à medida que estes sobem. Aqui, seria necessário haver uma intervenção mais forte à nível de Estado, e não de mercado, capaz de criar de base oferta acessível à classe média.

A cidade legislada pelas pessoas – ciclo de conversas

No próximo dia 31 de janeiro, as estratégias internacionais para potenciar o acesso a uma habitação condigna estarão em foco na Casa Comum – Reitoria da Universidade do Porto.

O geógrafo Álvaro Domingues irá modera uma conversa entre a Susana Coroado, Michaela Kauer e Leonor Duarte, onde se pretenderá envolver os cidadãos na criação de soluções mais justas. A sessão decorrá pelas 18h30 e é de entrada é livre com inscrição prévia aqui. Mais informações aqui.

Em paralelo será dinamizado, também na Casa Comum, um encontro aberto sobre a Iniciativa de Cidadania Europeia – “Habitação para toda a gente”, onde se dará a conhecer a iniciativa e como a apoiar. Mais informações aqui.

A descentralização como ferramenta? – Comentário da investigadora Ana Silva Fernandes

A descentralização e a transferência de competências na habitação foram notícia no passado dia 08 no Jornal de Notícias. Face aos programas que reforçam a transmissão de competências de habitação para os municípios a investigadora do grupo MDT Ana Silva Fernandes destacou a territorialização das soluções e a possibilidade de alavancar um financiamento adicional através da declaração fundamentada de carência de habitação, figura criada na Lei de Bases da Habitação.

Informação técnica ao alcance de todos

Investigadores do grupo MDT-CEAU-FAUP deram continuidade à análise do PAA, desta vez com a produção de dois mapas divulgados pelo Público que serviram de base para o debate público.
A partir da primeira imagem pode aceder ao comentário de Francisco Louçã que fala do problema da habitação em Portugal. Através da segunda imagem pode conhecer a posição do ministro das Infra-estruturas e da Habitação Pedro Nuno Santo acerca das expectativas do PAA.

“PENSAR O COMUM: cohousing como solução habitacional”

Copyright: Mira FORUM

No passado dias 22 de outubro, o evento “PENSAR O COMUM: cohousing como solução habitacional” serviu de mote para debater a pertinência e atualidade de modelos de habitação partilhada em Portugal. Numa mesa-redonda composta pelos arquitetos Josep Maria Montaner (Barcelona) e Inka Drohn (Berlim) apresentaram-se exemplos emblemáticos internacionais de cohousing que motivaram uma discussão com o vasto auditório presente.
Este foi um evento organizado pela Fundação Friedrich Ebert em Portugal, pelo Goethe-Institut Portugal, pelo Habitar Porto e pelo Grupo Morfologias e Dinâmicas do Território do Centro de Estudos em Arquitectura e Urbanismo, da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (MDT-CEAU-FAUP).

Investigadores do MDT-CEAU-FAUP usam o PAA para medir o problema de habitação

Para além de aspirar a baixar em 20% o valor dos arrendamentos no mercado, o Programa de Arrendamento Acessível (PAA) serve para territorializar as dificuldades no acesso à habitação em Portugal e para perceber quais são as lacunas que é preciso preencher para assegurar este direito. Recentemente, esta análise foi divulgada a partir de uma parceria entre uma equipa de investigadores do MDT e o jornal Público, que teve como objetivo qualificar o debate cidadão. Partimos agora para a intensificação do debate académico, a partir da divulgação do documento que serviu de base para  estudo e que podem encontrar aqui.

Programa Ponte participa no debate sobre as ilhas do Porto

A propósito da reflexão que a Estratégia Local de Habitação tem incutido na agenda municipal, as ilhas têm  sido matería de discussão. Neste âmbito, o protocolo entre o Município e a Faculdade de Arquitetura foi notícia . No artigo, pode constatar-se a necessidade de territorializar as políticas de âmbito estatal para garantir que o que foi pensado à escala do pais possa funcionar para o caso específico de cada município. Este caminho, que subjaz o espírituo da Nova Geração de Políticas de Habitação, poderá permitir, no Porto, atingir os objetivos previstos para o programa Ponte: compatibilizar os interesses de proprietários e inquilinos através dos instrumentos disponíveis para a reabilitação de ilhas.

Arquitetos de Família – Prémio de Cidadania Ativa 2019

Os estudantes da FAUP João Gonçalves, Paula Reis, Vitor Almeida e Sara Oliveira foram distinguidos na 6ª edição do prémio Cidadania Ativa da UP, na vertente Pedagógica. O caráter inovador do projeto reside na ponte criada entre o ensino e a ação social, propondo a participação de estudantes finalistas da FAUP dentro do programa Casa Reparada Vida Melhorada, promovido pela Junta de Freguesia do Bonfim.

O trabalho dos estudantes deu origem a dois resultados diferentes. Por um lado, uma reabilitação de qualidade e a custos controlados, de três casas de ilha nas Eirinhas. Por outro, a criação do workshop Arquitectos de Família, que, com coordenação do grupo Morfologias e Dinâmicas do território e do programa Habitar Porto, alargará a iniciativa a mais ilhas, permitindo que os estudante aprendam sendo úteis.